Todo ser humano deve ter garantido o seu direito à educação. É o que prevê a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Como forma de ampliar as possibilidades de atendimento a esse direito, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Pedagogia instituíram, no ano de 2006, a atuação do profissional pedagogo também em espaços não-formais de educação. A partir daí, a Pedagogia Hospitalar tem ganhado força, juntamente com outras atuações educativas em espaços não-escolares.
Resultados de experiências já publicadas sobre a Pedagogia Hospitalar indicam a melhora do quadro sintomático da criança hospitalizada quando há mediação educativa. Esta mediação possibilita a adaptação, motivação e a ocupação sadia do tempo ocioso e pode ocorrer por meio de atividades diversas de leitura, escrita, raciocínio lógico-matemático, dentre outras. A Pedagogia Hospitalar vem “[...] oferecer à criança hospitalizada, ou em longo tratamento hospitalar, a valorização de seus direitos à educação e à saúde, como também ao espaço que lhe é devido enquanto cidadão [...]”. (MATOS; MUGGIATI, 2001, p. 16).
Sendo assim, o curso de Pedagogia da Faculdade São Francisco de Barreiras propõe o desenvolvimento de oficinas educativas para crianças internas no Hospital do Oeste, que acontecerão no período de agosto a outubro no turno matutino, nas segundas e quartas-feiras, com a previsão de duas oficinas também às sextas-feiras, com a participação de alunos e professores do mencionado curso.
Inicialmente serão desenvolvidas oficinas de Letramento, Matemática e Ciências, coordenadas pela professora Emília Pignata, com a participação das professoras Elena Brentano, Carla Silva, Mirela Casali e de algumas alunas do 5º semestre do curso.
Concomitante à realização destas oficinas haverá uma intervenção com os acompanhantes das crianças participantes, realizada pela professora Rosa Maria Furtado. Esta oficina tem como título “Minhas memórias, minhas vivências...” e acontecerá uma vez por mês, até o fim do projeto no mês de outubro.
Vale ressaltar que há a pretensão de ampliar este projeto para 2011, por meio do estabelecimento de parcerias com as escolas nas quais as crianças estudam, de modo que estas possam prosseguir seus estudos, com o devido acompanhamento escolar, sem prejuízos para sua aprendizagem.
