sábado, 29 de janeiro de 2011

LITERATURA INFANTIL

Por influência do Sarau realizado hoje por professores e alunos do curso de Pedagogia, passo a postar trechos de produções dos alunos acerca das temáticas abordadas nos trabalhos apresentados.

Inicialmente trago parte de uma produção da acadêmica Nadja de Paula, sobre a Literatura Infantil, um dos temas abordados nas disciplinas oferecidas no intensivo de janeiro.


Literatura para Crianças: Contexto Histórico

O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois trata-se da expressão de cultura que deve ser preservada.

As histórias, de acordo com Zilberman (1995), eram transmitidas desde a idade mais remota da humanidade, ligada aos rituais pré-históricos do homem de Neanderthal, força de vida e de morte conforme sua capacidade de manter acordado ou de adormecer os membros de um grupo, nas primeiras noites.

A autora destaca ainda que, na idade média, a preocupação com um iminente desfalque no exercício de homens para a defesa dos países e também de mão-de-obra, resultou na adoção de medidas de preservação à vida das crianças. Essas crianças não tinham características próprias da infância e sim de adultos em miniatura. Tudo isso decorria da ignorância a respeito do processo de formação do indivíduo. Esse sentimento se materializava nas nações sociais, econômicas e políticas que compunham a história da humanidade ao longo dos séculos.

Sabemos que, para se formar um conceito em relação à Literatura Infantil, é necessário pensar no seu leitor: a criança. Até o século XVII, as crianças conviviam igualmente com os adultos, não havia um mundo infantil, diferente e separado, ou uma visão especial da infância. Não se escrevia, para as crianças.

Já no século XVIII, influenciada pelo liberalismo, a família exibe um “ar” de parceria entre seus membros, contribuindo ao mesmo tempo, para a sua conservação e para a garantia da mão-de-obra industriaria.

Nesse sentido afirma Zilberman:

"As altas taxas de mortalidade infantil, por falta de atenção e cuidados da época conveniente, privavam as indústrias nascentes de mão-de-obra barata e disponível. Daí a modificação: cabia estimular o matrimônio e a manutenção de crianças”. (1995, p. 08)

Dessa maneira, a família cumpriu um papel importante para a consolidação da classe burguesa na sociedade, tornando imprescindível ao Estado sua contribuição econômica à expansão dos ideais da burguesia.

Segundo Coelho (2000) é neste século que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias. Sendo assim, deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação diferenciada, que preparasse para a vida adulta. Daí surgiu a íntima relação entre a literatura e a oralidade, no decorrer da ascensão da família burguesa, do novo “status” concedido à infância na sociedade e da organização da escola.

A Literatura, que já esteve associada à Filosofia e à Religião, é agraciada, no fim do século XIX, com o conceito predominante da “arte pela arte”. Atualmente, concebe-se a idéia de que é possível atribuir funções à literatura. Não uma função única, como se o texto literário tivesse apenas utilidades ou fosse apenas prazeroso, mas funções simultâneas – prazer e utilidades fundindo-se em uma coexistência pacífica.

... a concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e necessitando de uma formação específica, só acontece em meio à Idade Moderna. Esta mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros. (ZILBERMAN, 1995, p. 13)

De acordo com a autora, a partir da Idade Moderna a criança é vista como um indivíduo  inocente e dependente do adulto, que precisa de atenção especial devido à sua falta de experiência da realidade. Até hoje muitos ainda têm essa concepção da infância como o espaço da inocência e da falta de domínio da realidade.
A partir da Psicologia da Aprendizagem a infância á tratada como uma etapa de preparação do pensamento para a vida adulta. O pensamento infantil não tem ainda uma lógica racional. A Literatura Infantil é, nesta concepção, adequada às fases do raciocínio infantil.

Atualmente, percebe-se que as crianças começam a formar sua leitura de mundo e se despertar para os traços e rabiscos desde cedo, conforme oportunidades que lhes são oferecidas. Cabe então, enfatizar que se faz necessário colocá-las, em contato com a leitura e a escrita de maneira prazerosa, desde os primeiros anos de vida.

Nesse sentido, evidencia-se que a literatura infantil desperta o interesse e a atenção da criança, desenvolvendo nela a imaginação, a criatividade, a expressão das idéias e o prazer pela leitura e escrita. Além disso, oportuniza situações, nas quais as crianças constroem o seu conhecimento e, conseqüentemente,  ampliam o seu desenvolvimento e aprendizagem.

Através dos textos, a criança busca a reflexão sobre situações-problema, a autonomia e a criatividade na elaboração de soluções para essas situações. Assim, as histórias infantis estimulam a criatividade, a curiosidade e a imaginação, pois ler é:

... suscitar o imaginário é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras idéias para solucionar questões (como as personagens fizeram). É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos – dum jeito ou de outro – através dos problemas que vão sendo despontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo)... É a cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no momento que corresponde aquele que está sendo vivido pela criança) ... e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para resolução delas ... (ABROMOVICH, 1989, p. 17)

Compreende-se que a escola é um espaço privilegiado para se desenvolver o gosto pela literatura infantil. Ela tem a função específica de proporcionar este encontro entre o livro e a criança de maneira que esta possa utilizar-se de literatura para a compreensão de si, das coisas que a cercam das relações entre ambas.

Acredita-se que a literatura infantil pode ser o cerne de uma educação crítica, pois opera a partir de sugestões fornecidas pela fantasia e imaginação, socializa formas que permitem a compreensão dos problemas e demonstra ser ponto de partida para o conhecimento real e a adaptação de uma atitude que valoriza as diferenças e as particularidades. Sendo assim, além de proporcionar situações de aprendizagem, amplia o prazer de narrar, ler e escrever de forma contextualizada e favorece o desenvolvimento de valores culturais e a construção de conceitos sobre o mundo.

ESSE TEXTO É PARTE DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO PROJETO DE ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL, PRODUZIDO PELA ACADÊMICA NADJA DE PAULA CUNHA DE FREITAS,  DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sarau no curso de Pedagogia da FASB

No próximo sábado, dia 29/01, acontecerá no prédio II da Faculdade São Francisco de Barreiras um Sarau, organizado pelos professores Edneia Novais, Oto Reichert e Iara Xavier. O objetivo é a divulgação dos trabalhos interdisciplinares produzidos pelos alunos do 2º, 4º e do 6º semestres, nas disciplinas Sociologia da Educação e Didática I (2º semestre), Literatura Infanto Juvenil e Educação no Campo (4º e 6º semestres). Aguardem as fotos! 


domingo, 2 de janeiro de 2011

Estágio das Alunas de Pedagogia na Educação Infantil - Tema: Música

A música está presente em nossas vidas em muitos momentos. Ela traz recordações, emociona e pode também estimular a aprendizagem. Na Educação Infantil a Música se constitui num dos eixos de conhecimento.

O Indiozinho

Borboletinha

A Janelinha

Pirulito que bate bate

O Sapo