Agência EFE - Terra
Educação - 15/10/2012 - São Paulo, SP
"A Unesco afirmou
em sua edição anual do relatório
`Educação para Todos` publicado nesta segunda-feira que o
Brasil reduzirá sua taxa de analfabetismo em adultos para 5% em 2015
se continuar com a projeção atual. Em uma
região como a América Latina e Caribe, onde mais de oito
milhões de pessoas entre 15 e 24 anos que nem sequer conseguiram
terminar os estudos primários, este dado constitui uma
notícia encorajadora, segundo a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco).
O
relatório, que faz um acompanhamento dos seis objetivos educativos
assinados em Dacar (Senegal) por mais de uma centena de países, faz
eco de como no Brasil se reduziram os maus resultados acadêmicos no
ensino médio `em todas as classes sociais` entre 2003 e 2009.
Trata-se de um
resultado `particularmente impressionante`, dado que nos últimos
anos a participação no ensino médio aumentou em grande
medida, apontam os autores do estudo, que consideram que as
políticas de proteção social dirigidas às
camadas mais desfavorecidas `se encontram entre as principais causas`.
O estudo destaca o
`compromisso político` do Brasil em matéria educativa para
equilibrar as desigualdades, assinalando que em menos de duas
décadas conseguiu acabar com as diferenças em
desnutrição entre áreas rurais e urbanas, ao apostar
na educação das mães, junto com outras melhorias
logísticas.
No entanto, lembra
que ainda restam desafios pendentes, como a redução do
abandono escolar no ambiente rural, que atinge 45% dos jovens antes de
acabar o ensino médio. Também insistem que é
necessário investir mais fundos em programas de
formação que proporcionem aos jovens brasileiros as
competências profissionais necessárias para aceder a um posto
de trabalho decente, já que na atualidade um de cada cinco
não consegue encontrar um emprego de acordo com sua
formação.
Indicam que,
enquanto `economia emergente`, o País deveria aproveitar o interesse
que desperta em empresas internacionais especializadas em tecnologias da
informação e da comunicação para tirar proveito
dos programas que se implantam em seu território e aplicá-los
à criação de competências profissionais para
seus jovens.
No entanto,
lembram que o Brasil deixou de ser país receptor para se transformar
em doador, e que por isso deveria ampliar sua contribuição
financeira ao desenvolvimento educativo de países pobres".