segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Redemocratização do Brasil (Jogral)


Pelas alunas de História da Educação Brasileira da Universidade do Estado da Bahia, Iara Maiane dos Anjos e Iolanda Pinho dos Santos:

 Após a ditadura em um processo de restauração
Teve início a nova República e a redemocratização
Período de abertura política e liberdade de expressão

O povo se mobilizou, eleições, “DIRETAS JÁ”
Mas não foi aprovado, o pedido popular
E a derrota no Congresso fez a festa adiar.

As eleições indiretas, novamente como opção
Com Tancredo candidato e Maluf oposição
Respeitados pela capacidade de articular conciliação

Tancredo Neves foi eleito, mas não pôde festejar
Morreu tragicamente com comoção popular
O país inteiro parou, como mártir foram saudar.

O vice José Sarney assumiu em seu lugar
Criando o plano cruzado para a crise minorar
Gerando um momento de consagração popular

Congelando os preços para acabar com a inflação
Com o seu êxito inicial houve grande aprovação
Prometia fazer o país sair da péssima situação

Após quatro meses a situação tornou-se a agravar
O aumento da inflação fez o plano fracassar.
O governo desgastado cedeu outro em seu lugar
Enfim, pela via direta, teve início a votação
Com Lula e Fernando Collor disputando a eleição
Collor fazia discurso sobre a moralização.

Fernando Collor de Melo com apoio da TV Globo
Conseguiu ser eleito, tornando-se o líder do povo
Com grandes expectativas em criar algo novo

Com dois anos de governo, em medidas sem resolução
Foi denunciado um escândalo de forte corrupção
E lá se foi o discurso sobre a moralização

Formou-se uma comissão para averiguar o fato novo
As acusações se sucediam sem o governo tomar fôlego
A imprensa noticiava com sensionalismo ao país todo

A sociedade foi às ruas em grande mobilização
Conhecidos como Caras Pintadas, aos políticos fez pressão
Votando pelo impeachment, Collor não teve salvação.

Collor foi sucedido por seu vice Itamar
Pressionado no exterior para os compromissos honrar
Sem apoio político, teve dificuldade em se firmar.

Fernando Henrique foi nomeado para a economia comandar
Criando o plano real fez a inflação controlar
O governo ganhou prestígio para os problemas solucionar.
Com o plano econômico, sucesso em elevado patamar
FHC se candidatou para o país governar
Continuar com a proposta de o país recuperar

Assumindo a presidência, fez a economia modernizar
Conseguiu se reeleger com o voto popular
Expectativas otimistas em reformas realizar

Com as medidas econômicas, o país se endividou
Aumentou o desemprego e o povo protestou
Sem reverter a situação o governo fracassou

O PT se fortaleceu e com muita eficiência
Apoiado pelo povo que lutava por decência
Fez o primeiro operário assumir a presidência.

Lula conseguiu êxito e programas implantou
Diminuiu as desigualdades, pois o povo a seu favor
Eliminou a dívida externa e o Brasil se destacou.

Se elegeu para mais quatro anos, com o apoio em excelência
Colocando uma sucessora para governar com decência
Fazendo a primeira mulher ser eleita presidenta.

Dilma na presidência, mulher em ascensão,
Mostrando que merecemos respeito e valorização.
Estão todos enganados, sexo frágil somos não.

O Brasil tem que seguir em frente,
Lutando contra a opressão
Construindo com sucesso o futuro da nação.

domingo, 21 de outubro de 2012

Quadrinhos para banheiro (arte de final de semana)

E essa foi minha arte deste final de semana: quadrinhos para banheiro. Achei que ficaram muito lindos!!!!!



Comprei dois porta-retratos e retirei o suporte que fica atrás. No fundo coloquei um tecido de poazinhos, que adoro! Colei as pecinhas de porcelana compradas numa loja para artezanato. Os detalhes são adesivos em relevo (comprados na mesma loja). 

Meu banheiro tem paredes e louças brancas e uma faixa de pastilhas pretas. Então acho que ficou um charme!!!

Ideias sustentáveis! CASINHA DE BONECA DE CAIXA DE LEITE...

Uma casinha de caixas de leite...é isso mesmo! Quando criança sonhava em ter uma casinha de bonecas como esta que estou construindo. Vi uma de madeira numa loja em São Paulo (acho que eu tinha uns 6 anos na época) e ela nunca mais saiu da minha cabeça!

Somei a essa memória da minha infância uma inquietação de dona de casa: o que eu posso fazer com tantas caixas de leite que vão para o lixo? Elas me parecem tão resistentes! E aí nasceu a ideia: uma casinha para minha filhota, que tem a mesma idade que eu tinha na época!

E depois de muito juntar caixinhas (com a ajuda da sogra e de algumas amigas), a casinha foi sendo levantada:




Aqui ela já está revestida de folhas de revista, para ganhar ainda mais resistência! 

E hoje, com a ajuda da minha pequena Isabela, deixamos ela assim: pronta para receber a tinta. Depois do revestimento com revista, ela recebeu folhas de papel toalha e, por fim, receberá algumas camadas de tinta para parede. Isa quer pintá-la de branca e rosa, exatamente as cores da casinha de madeira da minha memória!


Confesso que pensei em desistir deste projeto mais de uma vez, pois juntar sacolas e mais sacolas de caixas vazias estava me incomodando (odeio bagunça!!!). Mas Isabela,com sua empolgação de criança, não me deixou desisitir... que bom!!! Aí está. Prometo que postarei fotos dela pronta, logo mais!!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Unesco: Brasil reduzirá analfabetismo em adultos para 5% em 2015

Agência EFE - Terra Educação - 15/10/2012 - São Paulo, SP

"A Unesco afirmou em sua edição anual do relatório `Educação para Todos` publicado nesta segunda-feira que o Brasil reduzirá sua taxa de analfabetismo em adultos para 5% em 2015 se continuar com a projeção atual. Em uma região como a América Latina e Caribe, onde mais de oito milhões de pessoas entre 15 e 24 anos que nem sequer conseguiram terminar os estudos primários, este dado constitui uma notícia encorajadora, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O relatório, que faz um acompanhamento dos seis objetivos educativos assinados em Dacar (Senegal) por mais de uma centena de países, faz eco de como no Brasil se reduziram os maus resultados acadêmicos no ensino médio `em todas as classes sociais` entre 2003 e 2009.

Trata-se de um resultado `particularmente impressionante`, dado que nos últimos anos a participação no ensino médio aumentou em grande medida, apontam os autores do estudo, que consideram que as políticas de proteção social dirigidas às camadas mais desfavorecidas `se encontram entre as principais causas`.

O estudo destaca o `compromisso político` do Brasil em matéria educativa para equilibrar as desigualdades, assinalando que em menos de duas décadas conseguiu acabar com as diferenças em desnutrição entre áreas rurais e urbanas, ao apostar na educação das mães, junto com outras melhorias logísticas.

No entanto, lembra que ainda restam desafios pendentes, como a redução do abandono escolar no ambiente rural, que atinge 45% dos jovens antes de acabar o ensino médio. Também insistem que é necessário investir mais fundos em programas de formação que proporcionem aos jovens brasileiros as competências profissionais necessárias para aceder a um posto de trabalho decente, já que na atualidade um de cada cinco não consegue encontrar um emprego de acordo com sua formação.

Indicam que, enquanto `economia emergente`, o País deveria aproveitar o interesse que desperta em empresas internacionais especializadas em tecnologias da informação e da comunicação para tirar proveito dos programas que se implantam em seu território e aplicá-los à criação de competências profissionais para seus jovens.

No entanto, lembram que o Brasil deixou de ser país receptor para se transformar em doador, e que por isso deveria ampliar sua contribuição financeira ao desenvolvimento educativo de países pobres".

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nova coleção de livros infantis Itau

Para nossas crianças, nova coleção de livros infantis Itau...

É gratis!!!!! Vocês só precisam acessar o site, preencher um cadastro bem simples e responder algumas perguntas.

www.itau.com.br/itaucrianca/


Eu já pedi a minha!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A partir de 2013, toda turma de Alfabetização terá uma minibiblioteca em sala de aula


Olha que boa notícia!!!!!!!!!!
(Texto de Amanda Cieglinski - Agência Brasil - 04/09/2012 - Brasília, DF)

A partir de 2013, todas as salas de turmas de alfabetização de escolas brasileiras terão uma minibiblioteca com cerca de 25 livros de literatura para estimular o hábito da leitura desde o início da trajetória escolar. Essa estratégia está contida no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, programa que será lançado pelo Ministério da Educação (MEC), cujo objetivo é garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos ao concluírem o 3º ano do ensino fundamental. Serão 10 milhões de livros para as 400 mil classes de alfabetização que existem no país.
Os detalhes do programa foram apresentados pelo secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari [...] De acordo com o secretário, apesar de o programa ainda não ter sido lançado oficialmente, 5.100 municípios (de um total de 5.564 cidades, segundo dados do IBGE) e todos os estados já aderiram ao pacto que, além da distribuição de materiais didáticos, prevê a formação de professores alfabetizadores com distribuição de bolsas de estudos e avaliações periódicas para medir o nível de alfabetização dos alunos ao fim do 3º ano do ensino fundamental.
A primeira edição da prova que irá medir o nível de alfabetização dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental está prevista para ser realizado em novembro de 2014. Será a primeira vez que uma avaliação oficial vai apurar essa informação.
No ano passado, o Todos pela Educação aplicou um exame amostral para aferir a alfabetização de alunos da mesma faixa etária. Os resultados da Prova ABC apontaram que mais de 40% dos alunos que concluíram os três primeiros anos do ensino fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para essa etapa.
“Não basta ter uma bandeira bonita. É fundamental que os entes federativos possam prestar contas em relação a esse compromisso que assumiram. É uma avaliação muito mais daqueles que se comprometem do que das crianças”, disse Callegari.
O investimento anual total do pacto será R$ 1,3 bilhões. A capacitação dos professores alfabetizadores, que será feita por 36 universidades públicas, está programada para começar em fevereiro de 2013. O custo com a compra e distribuição de materiais didáticos - incluindo os livros de literatura que ficarão nas salas de aula - será R$ 340 milhões.
Os representantes dos ministérios da Educação presentes ao encontro apontaram que a alfabetização é um gargalo para todos os sistemas de ensino dos países que participam do evento. Com apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o grupo planeja organizar um novo encontro exclusivamente para debater o tema e a experiência brasileira poderá servir de inspiração.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PROJETO DE APRENDIZAGEM ELABORADO COLETIVAMENTE PELOS ALUNOS DO CURSO DE MATEMÁTICA, NA DISCIPLINA DE DIDÁTICA.


PROJETO DE APRENDIZAGEM



TEMA: XADREZ - TRABALHANDO O RACIOCÍNIO LÓGICO

1. INTRODUÇÃO

O xadrez foi criado pelos egípcios, 2000 mil anos a.C e atualmente é uma atividade muito valorizada enquanto ferramenta educacional. É uma atividade prazerosa, que pode trazer muitos benefícios para a aprendizagem e hoje é uma exigência legal no nosso município.

Este projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e da interação e cooperação entre os alunos, por meio da prática do xadrez. Será realizado numa turma do 5º ano da Escola Sonho Feliz*, no período de 01 de junho a 01 de agosto de 2012.

A proposta metodológica deste projeto é interdisciplinar e será desenvolvida por meio de oficinas semanais, com carga horária de 04 horas/aula. Serão promovidas contextualizações da temática do projeto com as situações do cotidiano do aluno.

Por ser um jogo ainda pouco explorado pelas escolas, espera-se que este projeto possa destacar a importância deste recurso como importante ferramenta pedagógica, sabendo-se o quanto o xadrez pode favorecer a aprendizagem.

* Nome fictício

 
2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Promover o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, da interação e cooperação entre os alunos, através de oficinas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer a história do xadrez, suas peças e principais regras;

• Utilizar as regras no desenvolvimento do jogo;

• Interagir do modo cooperativo, tanto nas oficinas quanto nas demais atividades escolares;

• Desenvolver o raciocínio lógico-matemático, a partir do conhecimento do jogo;

• Resolver os problemas apresentados com autonomia;

• Desenvolver a noção de espaço, a partir da exploração do tabuleiro do jogo;

• Utilizar este raciocínio nas demais atividades cotidianas.


3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


3.1 O JOGO DE XADREZ


No âmbito da construção cognitiva do aluno, em especial o conhecimento lógico-matemático, configura-se como um ponto de discussão importante a inclusão de instrumentos lúdicos no fortalecimento das ações em busca de um melhor ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva insere-se o Xadrez enquanto ferramenta pedagógica importante no processo de construção do raciocínio lógico-matemático.

Segundo D’Ambrósio (1996):

[...] um dos principais desafios, hoje, para o professor de Matemática é tornar a disciplina acessível a todos, possível de contextualização com as situações do cotidiano. O jogo de xadrez permite que isso aconteça.

Se quisermos também uma explicação científica que mostre os benefícios práticos que podem ser alcançados pela prática desse esporte, poderíamos apresentar opiniões e pesquisas de pedagogos, psicólogos, intelectuais e instrutores de xadrez ao redor do mundo. Existem várias propostas que ratificam esses benefícios. Resumindo, conclui-se o xadrez contribui para o desenvolvimento das faculdades mentais do indivíduo.

Um estudo proposto na extinta Alemanha Oriental, comparando o desenvolvimento de dois grupos de estudantes de diversas idades, os que praticam e os que não praticam xadrez, concluiu que:

o O xadrez estimula a atividade intelectual e estabiliza a personalidade de crianças e jovens durante seu período de crescimento. Isso é evidente, sobretudo, na puberdade: crianças que jogam xadrez apresentam menos crises decorrentes das transformações dessa faixa etária do que as que não jogam.

o O raciocínio lógico e a capacidade de cálculo são estimulados e desenvolvidos, produzindo excelentes resultados no desempenho escolar, com destaque principalmente nas matérias que envolvam cálculos matemáticos, como por exemplo a Física e a própria Matemática.

o Em aspectos gerais, os alunos que jogam xadrez apresentam nítida superioridade em força de vontade, energia, memória e concentração.

o O Xadrez ensina a criança a avaliar as consequências dos seus atos, tornando-as mais prudentes e contribuindo para indivíduos mais responsáveis.

Outra pesquisa desenvolvida na Inglaterra chegou à conclusão de que a concentração e a habilidade de formular e posteriormente “colocar em prática“ os planos no tabuleiro contribui em excelência para a tomada de decisões e execução das mesmas do jogo, podendo ser também aplicadas em situações da vida social.

3.2 O BENEFÍCIO DO XADREZ

O xadrez merece crédito por desenvolver nas crianças uma habilidade essencial na resolução de problemas, que é saber olhar e compreender a realidade que se apresenta.

Os jogos constituem uma maneira interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1998, p. 46).

Para os professores de matemática é possível avaliar os seguintes aspectos:

 Compreensão: facilidade de entendimento do jogo, ajudar no desenvolvimento do autocontrole e o respeito a si próprio.

 Facilidade: possibilita a construção de uma estratégia para a resolução de problemas matemáticos.

 Possibilidade de descrição: capaz de descrever os procedimentos utilizados na resolução de problemas.

Uma das dificuldades que mais tem sido constatada no ensino de matemática relaciona-se com a falta de compreensão dos enunciados dos problemas. Os estudantes apenas conseguem memorizar as fórmulas, quando se deparam com textos diferentes não encontram meios de se chegar à resposta correta.

Sabemos que é importante incentivar as crianças a encontrarem o seu próprio sistema de ação e, para isso, é preciso abolir soluções baseadas na memorização de fórmulas, ou seja, soluções mecanizadas. É preciso adotar meios para que as crianças tornem-se autônomas. Segundo Vygotsky (1987) o jogo é uma ferramenta de aprendizagem que contribui para a autonomia.

Assim, na escola, a demonstração de um conceito matemático pode ser encontrada pelo aluno, porém, para que isso aconteça, é importante certo que essa atividade tenha sido vivenciada pelo aluno.

Nossa ideia é que em uma época na qual os conhecimentos nos ultrapassam em quantidade e velocidade e a vida é efêmera, a melhor ferramenta que a criança pode obter em sua escolaridade é um pensamento organizado e reflexivo. E isso é possível de ser desenvolvido através do jogo, em especial do xadrez.


4. CONTEÚDOS

• História e Regras do xadrez

• Resolução de problemas

• Operações básicas

• Noção espacial


5. METODOLOGIA

Este projeto tem como base metodológica o sóciointeracionismo, pois pretende promover a interação e a coletividade, onde um aluno tem a possibilidade de aprender com o outro.

Sendo assim, serão promovidas as seguintes atividades:

- apresentação do projeto para a turma, de forma lúdica e prazerosa, contando a história do xadrez;

- mostrar para o aluno a importância do xadrez para sua aprendizagem;

- ensinar as regras gerais do jogo, a partir de vídeos e apostilas, ressaltando a importância do saber competir;

- organizar a turma em duplas, para a realização do jogo. Cada dupla terá um monitor, que auxiliará no desenvolvimento do jogo;

- utilizar software específico, com auxílio do Datashow;

- explorar situações-problema, envolvendo as operações básicas, fazendo uma inter-relação com os benefícios do xadrez;

- atividade de medida, para explorar perímetro e área de figuras planas, a partir do jogo.

Espera-se que com estas atividades os objetivos propostos sejam alcançados.


6. CRONOGRAMA

Atividades                                                   Período

                                                       JUN/12  - JUL/12 - AGO/12

Pesquisa teórica sobre o tema             X

Elaboração do Projeto                       X

Apresentação do Projeto na Escola                     X

Desenvolvimento do Projeto                                X

Culminância do Projeto                                                           X



7. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem ao longo deste projeto será contínua, primando por aspectos quantitativos, mas principalmente pelos aspectos qualitativos, uma vez que a ideia central do projeto é que o aluno aprenda o jogo para aplicar os seus conceitos e habilidades nas demais atividades cotidianas. Deste modo, espera-se que o aluno, ao final das atividades tenha desenvolvido as seguintes habilidades:

- Conhecimento da história do xadrez, de suas peças e regras;

- Utilização das regras do jogo;

- Interação cooperativa;

- Raciocínio lógico-matemático e sua utilização nas demais atividades cotidianas;

- Resolução de problemas;

- Noção de espaço;

Quantitativamente as atividades terão peso de 30% da nota de matemática, na terceira unidade.

Esta proposta de avaliação de caráter formativa está de acordo com a teoria de Luckesi (2002), segundo o qual o proceso avaliativo tem por objetivo diagnosticar a situação de aprendizagem do educando, sendo dinâmico, ou seja, não o classifica num determinado estágio. A avaliação, ainda segundo Luckesi (2002), é inclusiva e, consequentemente, democrática, o que exige uma prática pedagógica dialógica.



REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasília: 1998.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas, SP: Papirus, 1996.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2002.

VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

BRASIL NO SÉCULO XX: SÍNTESE / HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO


PRIMEIRA REPÚBLICA - Também chamada de República Oligárquica, República dos Coronéis ou República do Café.


Constituição de 1891: instaura o governo federal e presidencial, mas a escolha dos governantes é controlada por uma elite – Política do Café com Leite.

1914-1918: após a 1ª Guerra o país passa por um surto industrial. A redução das importações faz surgir uma burguesia industrial urbana. Os operários são, em sua maioria, imigrantes e começam a se organizar em sindicatos (influência anarquista)

A década de 20 é marcada por movimentos grevistas. É Fundado o PCdoB em 1922.

Revoltas Tenentistas: representam o descontentamento da burguesia com a oligarquia dominante. Surge a Coluna Prestes.

1929: Uma crise econômica instaura-se no mundo inteiro, provocando também a Crise do Café. As consequências dessa crise acabaram sendo benéficas, por provocar o crescimento do mercado interno e da industrialização.

Revolução de 30: intelectuais, militares, políticos, industriais e comerciantes começam a se organizar em movimentos ideológicos. Vargas se aproveitou desse momento para se tornar chefe do governo provisório.

1937-1945: Estado Novo – forte controle estatal. Autoritarismo e censura. Incentivo à industrialização.

Positivismo: A ciência em superação aos mitos e em substituição a uma educação humanista. Em voga na França desde o século XIX, influenciou fortemente os militares brasileiros, principalmente pelo ideário de ordem, disciplina e moral severas.

O Movimento da Escola Nova causa um “otimismo pedagógico” por defender o pensamento liberal democrático de ”escola pública para todos. Se destacaram nesse movimento pensadores como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, dentre outros. Mais uma vez há uma reação católica, uma vez que os escolanovistas defendem uma escola laica.

Reforma Francisco Campos: assumiu o Ministério da Educação e saúde, criado em 1930 no governo Vargas. O ensino secundário passa a ter 2 ciclos: um fundamental de 5 anos e outro de preparação para o vestibular, de 2 anos. Total descaso em relação ao ensino fundamental e à formação de professores. Ênfase nas Universidades: a reforma deu a essas instituições maior autonomia administrativa e didática e reforçou a pesquisa

Reforma Capanema: Durante o Estado Novo, o Ministro Capanema volta a reformar o ensino secundário, agora formado pelo ginásio de 4 anos e colegial de 3. Ênfase na consciência patriótica e numa educação que deveria servir ao desenvolvimento de habilidades e mentalidades de acordo com os diversos papéis atribuídos às classes sociais. Cria o SENAI e o SENAC.

Entre 1930 e 1940 ocorre uma expansão do ensino como jamais registrado na história do Brasil até então.

SEGUNDA REPÚBLICA OU REPÚBLICA POPULISTA - NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO
De 1945 (Deposição de Vargas) até 1964 (Golpe Militar)

Populismo: Vargas, Gaspar Dutra, Café Filho, Juscelino e Jânio Quadros: governos eleitos pelo povo.


Política de massa: manipulação da classe trabalhadora.

Década de 50: Criação da Petrobrás, como reforço ao espírito nacionalista da época.

Entrada de capital estrangeiro: diversifica-se a industrialização, crescem as disparidades regionais, agrava-se a pobreza, aumenta a inflação.
Governo JK: “50 anos em 5” 1961: Darcy Ribeiro, inspirado em Anísio Teixeira funda a UNB. O governo de João Goulart foi interrompido pelo regime militar de 1964, que reprime uma fecunda efervescência cultural.

Lei de Diretrizes e Bases (4024/61): após a queda da ditadura de Vargas, os pioneiros da educação nova retomam a luta pelos valores já defendidos em 1934. Após 13 anos engavetada, essa Lei já estava ultrapassada quando entrou em vigor. - Verbas também para as escolas particulares.
Oposição católica: “a escola leiga não educa, apenas instrui”.

ISEB (1955) – durou 10 anos até ser extinto pelo Golpe Militar. De base marxista, lutou pelo desenvolvimento da indústria nacional, contra as investidas estrangeiras.

Paulo Freire: Teologia e pedagogia Libertadora. Escreveu Educação como Prática de Liberdade, Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança e a Importância do Ato de Ler. Foi exilado no período do Golpe Militar.
A educação deve ser problematizadora e dialógica e não “bancária”. Método Paulo Freire: alfabetização a partir de palavras geradoras.

No Brasil é criado o MOBRAL.

Movimentos de Educação Popular: Centros Populares de Cultura: O 1º surge em 1961 por iniciativa da UNE; Movimentos de Cultura Popular: ligado à prefeitura de Recife, teve Paulo Freire como participante. Movimentos de Educação de Base (CNBB). Todos desativados pelo Golpe Militar de 64.

Inovações Educacionais: implantação do escolanovismo – ginásios e colégios vocacionais; criação do Colégio de Aplicação da USP (clientela privilegiada. Acusado de subversivo, foi extinto em 1970 pelo regime ditatorial). Defendiam: - Inserção no mundo do trabalho, sem descuidar da consciência crítica; Investimento na formação de professores; - pagamento de horas extras de trabalho; - acompanhamento da orientação educacional; - classes cada vez mais reduzidas.

Ditadura Militar: Muitos torturados e desaparecidos. O Golpe de 64 opta pelo capital estrangeiro, acabando de vez com o nacional-desenvolvimentismo. - Arrocho salarial; - O êxodo rural gera muita miséria; - Se colocam a serviço da Ditadura a Lei de Segurança Nacional, o Serviço Nacional de Informações, a cassação de direitos políticos, dentre outras medidas. 1969: Começa a guerrilha urbana, violentamente reprimida.

A Ditadura e a Educação: No ensino médio os grêmios são transformados em “Centros Cívicos”;
- A UNE reivindica reforma universitária e é fortemente reprimida.
- Ato Institucional nº 5 (AI 5): retira todas as garantias individuais, dando plenos poderes ao presidente da república.

Reforma Tecnicista: Educação como treinamento (modelo empresarial: racionalidade, objetividade e eficiência). Herança do Positivismo e do Behaviorismo. Acordos MEC-Usaid: o Brasil recebe cooperação financeira e assistência técnica para implementar a reforma do ensino. Reforma autoritária, que visa atrelar o sistema educacional ao modelo econômico de dependência dos EUA.

Reforma Universitária (Lei 5540/68): Governo do General Costa e Silva. Estratégia militar de afrontamento ao movimento estudantil. Concessão à classe média que clamava por vagas no ensino superior. Esta reforma encontrou resistências em vários setores sociais ligados à educação, principalmente porque ela nasceu identificada com um período em que as liberdades democráticas tinham sido suprimidas.

Reforma do Ensino de 1º e 2º graus (Lei 5692/71): se realiza no período mais violento da ditadura (governo de Médici). Vantagens: aumento da escolarização obrigatória de 4 para 8 anos, integração do sistema educacional (ideia de continuidade), cooperação das empresas; profissionalização para todos que cursassem o 2ª grau. Desvantagens: esvaziamento dos conteúdos, despolitização; aumento da força-de-trabalho que atenderia à demanda do desenvolvimento anunciado pelo “tempo do milagre”. Mesmo as vantagens anunciadas não refletiram na realidade educacional, devido falta de investimentos.

NOVA REPÚBLICA

Contexto: No início da década de 80 o regime militar dava sinais de enfraquecimento, entrando em curso um lento processo de democratização. Retoma-se nas escolas de 2º grau a formação geral.

Transição Democrática: 1985
- Primeiro governo civil depois da Ditadura, após o movimento das “Diretas Já”.

Os partidos extintos e os organismos de representação estudantil voltam à legalidade.

- A censura é abrandada;
- Vários grupos de representação da sociedade civil se fortalecem (CNBB, ABI, OAB, SBPC), bem como partidos políticos de oposição como o PMDB e os sindicatos.
- Professores lutam em movimentos pela valorização do Magistério e pela recuperação da escola pública.

Pedagogia Histórico-crítica: Dermeval Saviani, Guiomar Namo de Melo, José Carlos Libâneo, Jamil Cury e outros. 
- Parte do pressuposto de que é viável, mesmo numa sociedade capitalista, "uma educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante”.
- Professores e alunos são vistos como sujeitos do processo.
- Os conteúdos a serem estudados são problematizados a partir da prática social, tendo o
diálogo como procedimento principal, sem deixar de valorizar também o diálogo com a cultura acumulada historicamente.
- Há uma preocupação com o ritmo de aprendizagem e os interesses do grupo em virtude da necessidade de uma sistematização coerente dos conhecimentos a serem trabalhados, sendo a prática social o ponto de partida.
- O segundo passo seria a problematização da realidade e o terceiro a instrumentalização do aluno pelo professor, para que este possa efetivamente transformar os instrumentos culturais incorporados em elementos ativos de transformação social e possa chegar ao ponto de chegada que é a própria prática social, só que agora com uma compreensão qualitativamente alterada, equiparada à compreensão do professor.

Outras contribuições pedagógicas:
- O Construtivismo de Piaget
- O Sóciointeracionismo de Vygotsky
- A Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro.

A Constituição de 1988:
- Gratuidade do ensino público;
- Ensino fundamental obrigatório e gratuito;
- Extensão ao Ensino Médio;
- atendimento em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 6 anos;
- valorização dos profissionais de ensino (exigência do Plano de Carreira);
- Autonomia Universitária;
- Plano Nacional de Educação, etc.

A nova LDB:
1º projeto: Cid Sabóia: foi amplamente debatido e criticado por ser detalhista demais e corporativista.
2º projeto: Darcy Ribeiro: foi criticado por ser vago demais, mas teve apoio do governo. Não houve debate, por isso foi considerado autoritário.
- Foi promulgada em 1996, sob o número 9394.

FONTE:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e Brasil. São Paulo: Moderna, 2006. 

 

sábado, 16 de junho de 2012

As Santas Missões em Cristópolis - BA

Visitem o blog CARRO DE BOI DA LÚCIA...Lá vocês encontrarão uma bela narrativa sobre as Santas Missões no município de Cristópolis - Ba...além de muitas outras coisas legais sobre a nossa história.

http://carrodeboidalucia.blogspot.com.br/search?q=miss%C3%B5es

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Um pouco mais de CORDEL (História da Educação Brasileira - Conteúdo: Ciclo da Mineração)

Alunas: Keila Menezes, Priscila Gama e Ludmila
Adaptações: profª Emília Pignata

Durante a intervenção de Pombal
Extinguiu-se o sistema de capitanias
Como primeiro-ministro de Portugal
O Brasil fora levado a nova categoria

Foram reconhecidas as terras do sul
Pela prática da mineração
Muda a administração na nova capital
Aumentam as Estradas e a navegação.


Alunas: Danielle G. Lessa, Fabrícia Vieira e Paloma Teixeira
Adaptações: profª Emília Pignata

Minas pequenas eram exploradas
Individualmente pelos faiscadores
Foram quase todas esgotadas
Por estes nômades trabalhadores

Os escravos, sempre sob crueldade
Viviam em prol dessa exploração
Para conquistar sua liberdade
Buscavam sempre um bom filão.

Garimpeiros que iam de mina em mina
Na ilusão de encontrar cada vez mais ouro
Que queriam enfeitar suas meninas
E construir, quem sabe, rico tesouro.

Alunas: Jóelia, Júnia e Maria José
Adaptações: profª Emília Pignata

Nas corridas para as minas
Atrás de ouro fino e de prata
Houve brigas, guerras e ruínas
Homens se embrenhavam pela mata

A notícia do ouro se espalhou
Portugueses no controle da situação.
E por tempos a guerra continuou
Por direitos iguais sobre a região.


Alunos: Hilde Campos, Joquebede Gomes, Raquel do Carmo, Rodrigo Pereira e Ormesilva Cunegundes
Adaptações: profª Emília Pignata

Por causa da ganância do rei
O mais pobre começou a sofrer
Cobrando 100 arrobas por mês
Fez a derrama acontecer.

Por várias vezes durante a derrama
Era frequente o abuso policial
O ouro desaparecia como uma chama
E para o povo nenhuma garantia pessoal.


Aluna: Tatiana


Para as casas de fundição
Todo o ouro é enviado
O metal era ali fundido
Marcado e transformado

O selo real
Era a única opção
De não perder todos os bens
Ou acabar na prisão

Alunas: Daiana Dillenburg, Luciene dos S. de Jesus e Juliana

A pequena concentração de ouro

E o rápido esgotamento das jazidas
Quase acabou com o nosso tesouro
Deixando na terra perigosas feridas

As rochas ficaram sem exploração
Por falta de gente capacitada
Não havia recursos para a mineração
E a crise estava instaurada






quarta-feira, 6 de junho de 2012

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA / BRASIL COLÔNIA (1500 a 1822) REVISÃO

Ciclo do pau-brasil (1500 a 1530)

- Se inicia com a chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500.

- Portugueses começam a extrair o pau-Brasil da região litorânea, usando mão-de-obra indígena. A madeira era comercializada na Europa.

- Os portugueses construíram feitorias no litoral para servirem de armazéns de madeira.

- Nesta fase os portugueses não se fixaram, vinham apenas para explorar a pau-Brasil e retornavam.

- Época marcada por ataques estrangeiros (ingleses, franceses e holandeses) à costa brasileira.

Ciclo do açúcar (1530 até século XVII)

- Em 1530 chega ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Souza com objetivo de dar início a colonização do Brasil e iniciar o cultivo da cana-de-açúcar.

- A região Nordeste é escolhida para o cultivo da cana-de-açúcar em função do solo e clima favoráveis.

- Em 1534 a Coroa portuguesa cria o sistema de Capitanias Hereditárias para dividir o território brasileiro, facilitando a administração. O sistema fracassou e foi extinto em 1759.

- Em 1549 foi criado pela coroa portuguesa o Governo-Geral, que era uma representação do rei português no Brasil, com a função de administrar a colônia.

- A capital do Brasil é estabelecida em Salvador. A região nordeste torna-se a mais próspera do Brasil em função da economia impulsionada pela produção e comércio do açúcar.

- Nos engenhos de açúcar do Nordeste é usada a mão-de-obra escrava de origem africana.

- Invasão holandesa no Brasil entre os anos de 1630 e 1654, com a administração de Maurício de Nassau.

- Nos séculos XVI e XVII, os bandeirantes começam a explorar o interior do Brasil em busca de índios, escravos fugitivos e metais preciosos. Com isso, ampliam as fronteiras do Brasil além do Tratado de Tordesilhas.

Ciclo do ouro (século XVIII)

- Em meados do século XVIII são descobertas as primeiras minas de ouro na região de Minas Gerais.

- O centro econômico desloca-se para a região Sudeste.

- A mão-de-obra nas minas, assim como nos engenhos, continua sendo a escrava de origem africana.

- A Coroa Portuguesa cria uma série de impostos e taxas para lucrar com a exploração do ouro no Brasil. Entre os principais impostos estava “o quinto”.

- Grande crescimento das cidades na região das minas com a geração de empregos e desenvolvimento econômico.

- A capital é transferida para a cidade do Rio de Janeiro.

- No campo artístico destaque para o Barroco Mineiro e seu principal representante: Aleijadinho.

Ciclo do Café (século XIX - XX)

- O café foi o produto que impulsionou a economia brasileira no início do século XX. Inicialmente concentrado nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, depois chegou ao Paraná.

- Foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. As primeiras sementes chegaram ao Brasil contrabandeadas da Guiana Francesa.

- Como o Brasil detinha o controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros elevados.

- O crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, deu início a uma tendência de baixa de preços em longo prazo, levando à crise deste ciclo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cordel da nossa História (Mineração: apogeu e decadência)

Gente,
Esse cordel foi elaborado por uma aluna de História da Educação Brasileira, do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (Campus IX).

Tema: A MINERAÇÃO NO BRASIL



(Cecília Lima – Aluna do curso de Pedagogia da UNEB)


No final daquele século
Portugal não imaginava
Que nas terras Brasileiras
Muito ouro se encontrava

Tal reserva tão recente
Foi por muitos procurada
Se tornava no Ocidente
A maior já explorada

Desde o início da colonização
Que esta terra é sugada
Os Paulistanos no sertão
Começaram a caçada

A primeira descoberta
Deu-se nas Minas Gerais
E o ouro encontrado
Revelou os teus sinais

Forasteiros portugueses
No Brasil se instalaram
Para explorar todo o ouro
Que os paulistas encontraram

Os forasteiros portugueses
Expulsaram os paulistanos
Daquelas preciosas minas
Que ganharam os Lusitanos

Então Partiram para Goiás
Que ganância era aquela?
E lá encontraram muito mais
Mas sem nenhum respeito à terra!




segunda-feira, 4 de junho de 2012

Disciplina: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - Carta de Getúlio Vargas


Queridos alunos,

Como nossos estudos estão entrando na década de 30, segue cópia da carta deixada por Vargas, no contexto do seu suicídio.

Espero que arrasem nas microaulas

CARTA MANUSCRITA DEIXADA POR VARGAS:

“Deixo à sanha dos meus inimigos, o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa. Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa. Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me. Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas. Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus. Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade. A resposta do povo virá mais tarde...”

quinta-feira, 29 de março de 2012

Guerra de Tróia: mito ou fato histórico?


A parte inicial deste vídeo ilustra a guerra de Tróia, na visão de Homero (Ilíada), explorada em várias obras da dramaturgia hollyhoodiana. Ao fundo, a voz marcante de Amelhinha, interpretando a música de Zé Ramalho "Mulher nova, bonita e carinhosa..."

Em sala de aula, procurei suscitar o debate, a partir dos seguintes questionamentos: A guerra de Tróia seria mais uma representação da mitologia grega ou um fato histórico realmente?  

Sabemos hoje que a descoberta de um sítio arqueológico na Turquia comprovou que este importante fato histórico da antiguidade realmente ocorreu. Porém, muitos aspectos entre mitologia e história ainda se confundem. E esse conflito teria sido motivado mesmo por causa de Helena ou pelo fato de Tróia ser, naquele contexto, uma cidade estratégica e importante economicamente?

MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA (...)
Zé Ramalho

Numa luta de gregos e troianos

Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor

A mulher tem na face dois brilhantes

Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
(...)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Ministério vai ampliar Provinha Brasil para, a partir de 2013, analisar desempenho de todos estudantes aos 7 e aos 8 anos de idade

Notícia: O Estado de São Paulo, de 19/03/2012. Para discussão em sala.
MEC anuncia avaliação nacional da alfabetização

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou na tarde desta segunda-feira a criação de uma prova nacional para medir o grau de alfabetização de crianças de 7 e de 8 anos. O exame, que será aplicado para todos os estudantes a partir do ano que vem, será uma ampliação da Provinha Brasil, que avalia o estágio de alfabetização e de conhecimentos básicos de matemática de estudantes do 2º ano do ensino fundamental. “A Provinha Brasil é amostral. Nós faremos um exame nacional para ver a qualidade do letramento”, disse Mercadante, que participou de um debate promovido pelo Lide, Grupo de Líderes Empresariais, na zona sul de São Paulo.


No evento, o ministro disse que a garantia de alfabetização na idade correta, até 8 anos, é a grande prioridade da sua gestão. “O exame será para todas as crianças. Tem custo? Tem. Mas é muito menor que o da ignorância.” Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ministro disse que professores com desempenho excepcional podem ganhar bolsas de estudo no exterior. “Já recebemos uma proposta da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e estamos discutindo com secretários de Educação, porque isso tem de ser feito em parceria. Quem administra a rede são Estados e municípios”, disse Mercadante. “Estamos chamando os secretários para participar do desenho do programa, da modelagem. Na quinta-feira haverá uma oficina dos secretários para que em conjunto a gente consiga fechar a proposta.”


Mercadante quer usar o desempenho dos estudantes no exame de alfabetização no Escola Sem Fronteiras, programa que vai oferecer bolsas de estudo em colégios privados de referência, como o Pedro II, do Rio, para professores cujos alunos de destacaram na avaliação. O outro indicador para selecionar professores do Escola Sem Fronteiras será o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ministro disse que professores com desempenho excepcional podem ganhar bolsas de estudo no exterior. “Já recebemos uma proposta da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e estamos discutindo com secretários de Educação, porque isso tem de ser feito em parceria. Quem administra a rede são Estados e municípios”, disse Mercadante. “Estamos chamando os secretários para participar do desenho do programa, da modelagem. Na quinta-feira haverá uma oficina dos secretários para que em conjunto a gente consiga fechar a proposta.”

segunda-feira, 12 de março de 2012

Psicogênese da Língua Escrita - Orientações para pesquisa com crianças (Disciplina: ALFABETIZAÇÃO)

COLETA DE DADOS COM CRIANÇAS NOS NÍVEIS PRÉ-SILÁBICO E SILÁBICO


1. Apresentar um cartão com letras, números e outros sinais gráficos (Ex. H LO% 4 $TS @ 9 * & Ç #) e pedir que a criança fale o que acha que tem escrito. Caso ela indique alguma palavra que esteja ali escrita, peça que faça a leitura acompanhando com o dedo.

2. Apresentar outro cartão com a gravura de um objeto, animal ou outro elemento qualquer que seja conhecido pela criança. Abaixo devem estar registrados letras, números e sinais gráficos e novamente peça que a criança fale o que tem ali escrito.

3. Preparar uma lista de palavras (brinquedos, frutas, material escolar, partes do corpo etc), de modo que nesta lista tenha palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. Ditar uma a uma para que a criança escreva. Dentre as palavras escolhidas deve conter uma ou mais de uma que possibilite o conflito da criança em relação à quantidade mínima de letras (Ex: rã, pé, giz)

4. A cada palavra ditada, pedir que a criança faça a leitura, acompanhando com o dedo. Observar bem a forma como a criança faz a leitura. Isso é determinante para identificação do nível de escrita.

5. Inserir também uma que tenha repetição de letras, para testar a hipótese da variedade de caracteres (Ex. banana, papai, coco). Estas palavras não precisam necessariamente fazer parte do grupo semântico escolhido.

6. Ditar uma frase para que a criança escreva.

7. Por último, apresentar uma folha com uma gravura qualquer, que não tenha relação com a frase que estará escrita logo abaixo. (Ex. Gravura: um homem – Frase: O meu cachorro é brincalhão). Pedir para que a criança leia. Caso ela faça a leitura global, pedir que repita a leitura, agora com o auxílio do dedo.

Observação importante: As pesquisadoras devem, o tempo todo, fazer indagações, principalmente em relação às situações conflituosas apresentadas.

Ex. Está sobrando letras?

O que você vai fazer com essas letras que estão sobrando?

Não está faltando letra aí nessa palavra?



NÍVEIS SILÁBICO-ALFABÉTICO E ALFABÉTICO

1. Eleger uma lista de palavras trissílabas ou polissílabas (brinquedos, frutas, material escolar, partes do corpo etc). Ditar uma a uma para que a criança escreva.

2. A cada palavra ditada, pedir que a criança faça a leitura, acompanhando com o dedo.

3. Ditar duas frases, contendo algumas das palavras ditadas anteriormente.

4. Pedir que a criança escreva livremente uma frase...o que ela quiser escrever.

5. Ditar um pequeno texto (Máximo de 04 linhas para crianças no nível silábico-alfabético e máximo de 08 para crianças alfabéticas)

6. Pedir que a criança leia. Testar o nível de compreensão: perguntar do que trata o texto. Pedir que fale o que entendeu do que escreveu.

Obs: As pesquisadoras devem o tempo todo fazer indagações, principalmente em relação às situações conflituosas apresentadas.

Ex. A palavra está toda aí? Não está faltando letras?

Caso demonstre dificuldade na interpretação, instigar: quem são os personagens do texto? Como ele começa? Como termina?
Receita de Alfabetização*



"Pegue uma criança de seis anos e lave-a bem. Enxugue-a com cuidado e envolva-a num uniforme, colocando-a sentadinha numa sala de aula. Nas oito primeiras semanas, alimenta-a com exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha uma cartilha nas mãos da criança, mas tome cuidado para que ela não se contamine no contato com os livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos. Abra a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Quando as tiver digerido, mande-a mastigar, uma a uma, as palavrinhas da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos. Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que ela ingira algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.

Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos, 70% das palavras e frases engolidas. Se isto acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para série seguinte.

Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes forem necessárias. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel pardo e coloque um rótulo: aluno renitente".


Alfabetização Sem Receita

Pegue uma criança de seis anos, ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa e coloque-a numa sala de aula, onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Serve jornais velhos, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, tudo o que estiver entulhando os armários da escola e da sua casa. Convide a criança para brincar de ler, adivinhando o que está escrito: você vai descobrir que ela já sabe muitas coisas, muitas hipóteses.

Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas das coisas que foram ditas e leia para ela. Deixe a criança recortar letras, palavras e frases dos jornais velhos e não esqueça de manda-la limpar o chão depois para não criar problemas na escola. Todos os dias leia em voz alta para a criança, alguma coisa interessante: historinha, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação. Mostre para a criança alguns tipos de elementos escritos que, talvez, ela não conheça: um catálogo de telefone, um dicionário, um telegrama, uma carta, um bilhete, um livro de receitas de cozinha.

Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense, você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Não se apavore se a criança estiver comendo letras: até hoje, não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a diretora e a supervisora, se elas ficarem alarmadas.

Invente sua própria cartilha. Use a sua imaginação e sua capacidade de observação para ensinar a ler. Leia e estude você também

*Marlene Carvalho

Texto-suporte para a disciplina de ALFABETIZAÇÃO

Como ensinar as irregularidades ortográficas (Revista Nova Escola)


A ausência de regras ortográficas para algumas palavras faz com que as crianças (e muitos adultos) tenham dúvidas sobre como escrevê-las. A consulta ao dicionário e a produção de cartazes ajudam a turma a aprender como usar as grafias corretas com segurança (Camila Monroe)

"O omem saiu de caza e foi pacear de ônibus pela sidade." Essa frase, cheia de erros ortográficos, causa estranhamento para muitas pessoas, mas certamente não para você, professor. Muitos alunos já escreveram coisas parecidas, não?

Mesmo trabalhando as regras de ortografia, como as que determinam o uso de R e RR, a turma continua grafando alguns termos de maneira equivocada. Natural. A Língua Portuguesa tem muitas palavras que não obedecem a nenhuma regra.

A regularidade existe quando é possível prever a escrita de um termo sem nunca tê-lo visto graças a normas que se aplicam a todos ou a muitos casos - como ocorre com o uso do R em "carro". Já os termos irregulares - definição de Artur Gomes de Morais, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no livro Ortografia: Ensinar e Aprender - têm sua escrita justificada apenas pela tradição do uso ou pela origem das palavras. É o caso de "passear" e "casa", que aparecem no início desta reportagem, e de outras mais, como os casos a seguir:

- Som de S: Seguro, cidade, auxílio, cassino, piscina, cresça, giz, força e exceto.
- Som de G: Girafa, jiló, geração e jeito.
- Som de Z: Zebra, casa e exercício.
- Som de X: Enxada e enchente.
- H inicial: Hora, homem e hino.

- Com disputa entre E e I e O e U em sílabas átonas que não estão no fim: Violino (que pode ser confundida com veolino), seguro (siguro), bonito (bunito) e tamborim (tamburim).

- Com disputa do L com o LH diante de certos ditongos: Julho (que pode ser confundida com julio), família (familha) e toalha (toália).

- Com alguns ditongos da escrita, que modificam a pronúncia: Caixa (que pode ser confundida com caxa), madeira (madera) e vassoura (vassora). Com a aprovação da Nova Reforma Ortográfica, que entrou em vigor em 2009, novas dificuldades surgiram. A exclusão do trema e do acento agudo em alguns casos, por exemplo, pode confundir quem está aprendendo a escrever. "As crianças vão questionar, por exemplo, por que 'frequente' é falado de um jeito e 'quente' de outro, mesmo ambas tendo a mesma grafia. Para aprender a forma correta, elas terão de memorizar", explica Beth Salum, doutora em Filologia em Língua Portuguesa e professora da Universidade de São Paulo (USP).

Para ajudar a turma em tarefas como essas, nem pense em solicitar que escrevam repetidamente uma lista de palavras. Também não adianta planejar ditados - eles são úteis para avaliar o que está sendo aprendido, não para ensinar algo que ainda não se sabe. Existem duas atividades permanentes específicas para explorar bem a questão das irregularidades com os estudantes e ensiná-los a escrever com segurança e autonomia:

CONSULTA AO DICIONÁRIO: Oportunidade para os alunos que já conhecem a ordem das letras no alfabeto compreenderem como o material é útil para informar a grafia correta das palavras e também para aprenderem a consultá-lo mesmo sem saber como se escreve determinado termo. Nessa atividade, o importante é a frequência de propostas. Quando as crianças buscarem por "omem" e não encontrarem, provavelmente dirão que a palavra não existe no dicionário. "Esse é o momento para o professor perguntar de que forma os colegas procuraram o termo e se aquela é a única sugestão de como ele pode ser escrito", diz José Carvalho, professor do curso de Letras da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Esse foi o procedimento adotado por Luciene Carvalho Andrade, professora do 3º ano da EM Martha Drummond Fonseca, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. "Fiz o mapeamento ortográfico levantando as palavras que eram grafadas de forma errada e pedi que a classe as buscasse no dicionário. Conforme a procura era feita, discutíamos as possibilidades de escritas até encontrá-las", diz Luciene.

Outra possibilidade é a consulta aos dicionários eletrônicos ou online. Eles oferecem sugestões de correção para a maioria das palavras digitadas equivocadamente. Essa facilidade não invalida o trabalho em sala. Sua missão nesse caso é fazer com que os estudantes percebam o erro e ganhem agilidade. Além disso, muitos oferecem a origem etimológica dos termos buscados, o que, na maioria das vezes, ajuda a compreensão da grafia convencional.

ELABORAÇÃO DE CARTAZ

Momento de organizar um material de consulta com palavras irregulares recorrentes. É uma ferramenta útil para memorizar e para firmar combinados com os alunos sobre quais erros não podem aparecer mais nas produções deles a partir de certo momento.
A organização das palavras pode ser feita de várias maneiras. "É possível elencar em ordem alfabética ou separá-las em categorias, como animais e cores", diz Luiz Cagliari, professor da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).
Edivânia de Souza, professora do 3º ano na Escola Projeto Vida, em São Paulo, ajudou os alunos a elaborar esse recurso de acordo com o tipo de irregularidade. "À medida que eles reconheciam termos que fugiam às regras, registravam no cartaz. Ficou claro que o H inicial ocorria somente em alguns casos e que eles tinham de ser memorizados", ela diz.

UM POUCO DE TEORIA

Por que homem se escreve com H. A palavra vem do latim hominem e, por uma questão de tradição, o H se mantém.

Por que família termina em "lia" e quadrilha em "lha"

Família vem do latim familia. Já a grafia de quadrilha tem influência do espanhol, em que o termo era escrito quadrilla. Por ter o som parecido com LH, a leitura foi transferida para a grafia em português.

Por que jeito é grafado com J e gente com G

Jeito vem do latim iactus (ou jactus), mas também já foi escrito com G. Reformas ortográficas modernas fixaram a grafia com J. A palavra gente vem do latim gentem.

Por que passeio é grafado com SS e não COM C, como parceiro

Passeio vem do latim passus e manteve o SS. Já a palavra parceiro vem do latim partiarium e no século 14 era traduzida como parçaria. Com o tempo, o termo se modernizou até virar parceria.

(Consultoria Luiz Carlos Cagliairi)